Biografia Pintor autista Filipe Mélo.

Biografia Pintor autista Filipe Mélo.
Filipe Mélo é um pintor que tem autismo.Autodidata. Pintura à óleo abstrata. Sua pintura é o vem de dentro dele! Filipe Mélo é não verbal, mas fala através das suas pinturas! Exposições:Mostra Morar mais por Menos RJ e Feira Reacess RJ. Entrevista na GNT. Parque das Ruínas. Santa Teresa RJ.Revista:Entender a mulher. Editora Moi SP.Exposição na morar por Menos Lagoa RJ. Correio da Manhã- Portugal. Coluna. Lídia Soares.Revista Época . Entrevista Cristiane Segatto. Contato rayefilipe@gmail.com tels 21 98362-3005 -21 98048-8301-21 98373-6953

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Decálogo do Profissional Especializado em Autismo


 Desenho do Filipe no word paint .


1. Sentir-se ATRAÍDO PELAS DIFERENÇAS. Pensamos que ser um “aventureiro mental” ajuda a sentir-se atraído pelo desconhecido. Há pessoas que temem as diferenças, outras se sentem atraídas e querem saber mais sobre

2. TER UMA IMAGINAÇÃO VIVA!. É quase impossível compreender o que significa viver num mundo literal, ter dificuldades em ir mais além da informação recebida, amar sem uma intuição social inata. Para poder compartilhar a mente de uma pessoa autista, que padece um problema de imaginação, se deve ter, em compensação, enormes doses de IMAGINAÇÃO.

3. CAPACIDADE PARA DAR SEM OBTER A ACOSTUMADA GRADITÃO!  Se tem que ser capaz de dar sem receber muito em troca, e não sentir-se decepcionado pela falta de reciprocidade social. Com a experiência, a pessoa aprenderá a detectar formas alternativas de agradecer, e a gratidão de alguns pais muitas vezes irá recompensá-lo.

4. ESTAR DISPOSTO A ADPTAR O PRÓPRIO ESTILO NATURAL DE COMUNICAR-SE E DE  RELACIONAR-SE!. O estilo que se requer está mais ligado as necessidades da pessoa com autismo que a nosso grau espontâneo de comunicação social. Isso não é fácil de conseguir e requer muitos esforços de adaptação, mas é importante refletir acerca de quais necessidades estamos atendendo.

5. TER O VALOR DE TRABALHAR SÓ NO DESERTO!  Especialmente quando se começam a desenvolver serviços específicos em uma área. Há tão pouca gente que compreende o autismo, que um profissional motivado corre o risco de ser criticado em vez de aplaudido por seus enormes esforços. Os pais tem sofrido este tipo de críticas anteriormente, por exemplo quando escutam coisas como “todo o que ele necessita é disciplina", "se fosse meu filho....", etc.

6. NÃO ESTAR NUNCA SATISFEITO COM O NÍVEL DE CONHECIMENTO PRÓPRIOS!  Aprender sobre o autismo e sobre as estratégias educativas mais adequadas é um processo contínuo, já que o conhecimento em ambos campos evolui continuamente. A formação em autismo nunca se acaba e o profissional que crê que já a tem, em verdade a “perde".

7. ACEITAR O FATO DE QUE CADA PEQUENO AVANÇO TRAZ CONSIGO UM NOVO PROBLEMA.  A gente tem tendência a abandonar as palavras cruzadas se não podemos resolvê-las. Isso é impossível no autismo. Uma vez que se começa, se sabe que o trabalho de "detetive" nunca se acaba.

8. DISPOR DE CAPACIDADES PEDAGÓGICAS  E ANÁLITICAS EXTRAORDINÁRIAS! O profissional tem que avançar pouco a pouco e utilizar suportes visuais de maneira muito individualizada. Há que realizar avaliações com tanta frequência que deve adaptar-se constantemente.

9. ESTAR PREPARADO PARA TRABALHAR EM EQUIPE!  Devido a necessidade de uma aproximação coerente e coordenada, todos os profissionais devem estar informados dos esforços dos demais, assim como dos níveis de ajuda proporcionados. Isto inclui aos pais, especialmente quando a criança é pequena.

10. HUMILDADE! Alguém pode chegar a ser “especialista” em autismo no general, mas os pais são especialistas sobre seu próprio filho e se deve ter em conta sua experiência e conhecimento. Em autismo não se necessitam profissionais que queiram permanecer em seu “pedestal”. Quando se colabora com os pais é importante falar dos êxitos, mas também admitir os fracassos ("por favor, ajuda-me"). Os pais também tem que saber que o especialista em autismo não é um deus.

HAVERÁ PESSOAS QUE PENSARÃO QUE FALTA A PALAVRA AMOR NESTA LISTA ... O amor desde logo é essencial, mas como já disse um pai, o amor não é uma cura milagrosa. Os pais e os profissionais que confiam demasiado no efeito do amor, podem decepcionar-se. Se a criança não faz suficientes progressos, é porque não recebeu suficiente amor? Embora a tenhamos amado o suficiente, mas não há aceitado todo este amor... Este tipo de atitudes são destrutivas e creiam um abismo justamente ali onde o que se necessita é uma colaboração ótima.

Fonte: http://http://www.deletrea.com/

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dermatite atópica e autismo.

  Logo assim que Filipe começou a apresentar os sintomas do autismo, ele desenvolveu uma dermatite atópica.  Para mim era como se o seu corpinho estivesse reagindo ao extresse que o autismo lhe provocou.
Ele se coçava e chorava muito . Eu tinha de lhe dar vários banhos. Eu não sabia mais o que fazer . A pele dele ficava sempre avermelhada  e eu usava
muita pomada de corticóide . Um dia desesperada, orei ao meu Deus Verdadeiro. Supliquei que me ajudasse . Conheci então Dra. Grabriella Lowy que com um remédio , conseguiu que ele ficasse bom.
Abaixo do Meu Deus Verdadeiro, ela pode ajuda-lo.
  Vou deixar aqui o seu endereço , pois muitos pais com ese problema podem contatar Dra Gabriella Lowy,
dermatologista. Professora. E com muitas viagens a Cuba para pesquisa.

Dra: Gabriella Lowy

Av NS de Copacabana, 749 sl 1106
Copacabana - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2235-6041
Qualquer coisa podem me escrever:  rayefilipe@gmail.com
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COMENTÁRIO DO MEU SITE http://www.arteautismo.com/

Comentários:
Querida Ray,
aqui em Portugal fabricam um textil para vestir como roupa interior que é para esses casos. O textil foi concebido com base em produtos que o integram um dos quais algas, e muito confortável e quem o usa nunca mais teve problemas.
Só uma informação para que tenha conhecimento também do que já existe por cá.
Beijinhos
Postado por Lisa_B  do blog :  http://sercristal.blogspot.com/

domingo, 17 de janeiro de 2010

Um excelente método para autistas pintar. Word Paint.

.
Tenho observado à muito tempo que Filipe , tem feito algumas pinturas e apagado tudo , logo após ter feito uma linda pintura. Será que não gostou do resultado?
Pergunto: Porque apagas Filipe , se está tão bonito?  Porque cobres tudo?
Sim , no caso quando ele apaga , uniformizando tudo e ficando uma só cor pergunto:
O que é que ficou Filipe?
Porque voce apaga o que voce fez tão bonito?
 Os porquês tem permeado minha vida em relação ao Filipe.
Porque ele faz isso?
Negação? insegurança?
Não sei.........
As vezes ele destrói telas inteiras. Como não gosto de interferir no seu processo mental, simplesmente deixo , pois não me cabe fazer isso.
E depois de estragar muitas telas ( Será este o termo?) E invalidar tintas , resolvi testa-lo com o computador. Eu o coloquei para desenhar no word PAINT, um programa simples do PC. O ensinei pacientemente a usa-lo Isso é uma  forma barata de desenhar, pintar sem gastar , tinta , papel, tela .   Assim ele pode dar vazão a este impulso.
E dito e feito, no word pad, horas de desenho e apagões logo em seguida.
Obervo atenta ao que ele faz , sem nada dizer. Ontem porém  indaguei, depois de ve-lo fazer esta pintura da foto.
 -Filipe tua pintura tá bonita, vais apagar?
 E pasmem não apagou . Entao salvei para lhes mostrar.
Todo este percurso e as técnicas estão no livro que escrevo. As observações ao longo destes anos e o todo o processo envolvido.
Filipe é autista clássico , é muita gente tem certeza que ele jamais atingiria este estágio. Não teria capacidade de pintar ou usar o computador. Sei que não é uma coisa fazer de fazer, reconheço. Mas não é impossível. Creio que o fortalecimento do seu ego, o respeito por sua arte , o conduziram a este estágio. A arte é um meio muito eficaz de tratamento para autismo. Pude concluir isto. Existe um caminho. Porque não usar?
Tenho documentado todo o processo e gostaria que uma autoridade em educação especial pudesse adotar isso nas escolas especiais, para ajudar nossos autistas. Houvesse uma sala especial só para esta disciplina. E seria esta que os capacitaria para qualquer outra atividade. Isso os libertaria. E arte não é terapia não só para os autistas . Mas para vários tipos de doença. Conheço gente que melhora até da depressão.
Eu já pensei muito nisso e até quis fazer psicologia. para trabalhar mais este ponto. Mas o tempo é curto , devido a minha atividade.
  Bem fica aqui o desejo.
Bom domingo à todos!
Ray

domingo, 3 de janeiro de 2010

Os quadros de Filipe estão se perdendo.........


  Eu não sei mais onde guardar toda a pintura que Filipe faz.


O interessante é que cada pintura nova é uma revelação, um conteúdo do seu interior.

Isto é muito rico, porque elas revelam de forma sutil os segredos da mente autista.

Pelo que sei e pesquisei, Filipe é o único no Brasil com este estilo. Isto já rendeu muitas monografias aos

internautas que visitam o site oficial http://www.arteautismo.com/

Filipe pode com sua pintura ajudar a muitos pais a acreditarem no potencial de seus filhos autistas.

O universo de um autista é rico , criativo e muito sensível. Como mãe pude constatar isso ao longo destes anos.

Cada autista tem um dom, uma arte escondida dentro de si. Pais e profissionais podem detectar isso.

O objetivo do site Arteautismo, foi sempre buscar a crença do potencial social e artístico dos nossos autistas. E a valorização do autista na sociedade, respeitando-lhe todas as suas dificuldades e seu jeito de ser.

Com o Arteautismo muitas pessoas passaram a ver o autista de um modo mais humano. E eu fiquei muito feliz com estes resultados.

Mas falta algo. Falta uma exposição permanente da arte de Filipe , talvez até mesmo num hospital. Numa instituição psiquiátrica . Onde médicos e pacientes possam discutir as possibilidades da arte de um autista. Onde empresários e a sociedade , artistas e estilistas pudessem buscar inspiração para seus produtos. Isto geraria renda para eles. Nesta exposição permanente , poderia ser estimuladas outras crianças autistas desenvolver sua arte,devolvendo -lhes a auto-estima e estruturando toda a sua família que passa ver seu filho com outro olhar. O olhar de um ser totalmente capaz .

O acumulo de quadros aqui em casa é grande , as paredes estão cheias e já começo acumular pelos cantos os quadros de Filipe. Estou preocupada e passo a olhar para todo isso e me indagando: Será que todo este esforço dele foi vão?

A quem interessa a arte autista no Brasil?

Quem vai se interessar por este estilo e conhecimento?

Bom domingo á todos!

Ray




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Autismo e a água.

 Não sei porque , mas todo autista gosta do contacto com a água. É dificíl um não gostar.
Parece que a água os acalma e faz relaxar. Será que água os faz se voltar ao estado de feto? Onde viviam na água?
   Se eu pudesse ter uma escola especial, tudo seria feito na água. Principalmente a alfabetização. Para ser prazerosa , usaria elementos plásticos e coloridos . E faria de uma forma bem criativa, para estimular e dar praser de aprender. Sem contar que eles estariam fazendo exercícios fisícos o tempo todo.
  Filipe ama a agua. Gosta de piscina e mar. Gosta de longos banhos. Parece um boto.
Ele aprendeu a nadar sòzinho. Não do tipo convencional  com braçadas e bater de pés. Mas um nado cachorrinho, aquele que bóia sem afundar.
Estamos de férias e vamos a praia todo dia. Hoje eu dei a prancha de surf  da minha sobrinha para testar . Filipe gostou muito e galgou várias ondas. Fiquei intusiasmada e vou matricula-lo na aula de surf . Será que ele vai conseguir?
Tenho que tentar, pois para um adulto autista , as opções  sao poucas.
Existe uma ONG aqui no Rio de Janeiro que dá aulas para deficientes . Entrei em contacto e pediram para eu levar Filipe lá.http://www.adaptsurf.org.br/novidades_materias.html

Quem sabe ? Não custa tentar.
Foto de Filipe surfando de forma amadora  na praia do Forno em Arraial do Cabo
Bom final de semana à todos!
Ray